Por Maria do Carmo B. A. Tirado - CRP/SP 42494
Parceira ConQuistaH Consultoria Psicológica
E vamos chegando a mais um final de ano...
Se olharmos para trás, talvez venhamos a nos sentir felizes por termos tido muitos desafios e estarmos aqui, firmes e fortes por tê-los vencido e, quem sabe, prontos para os que ainda virão. Se não conseguiram realizar todos, pelo menos alguns foram concretizados e isso é motivo de júbilo e alegria. Que bom!
Todavia, nem sempre é assim; alguns ficarão bem chateados, por não terem conseguido concretizar a maior parte de seus intentos. São tantos exemplos que corriqueiramente ouvimos no consultório, ora gostaria de ter ido à academia, ora o investimento financeiro não saiu a contento, a “cara metade” que não apareceu, ou apareceu mas muito longe do sonhado e assim por diante.
Que esses atropelos da vida não nos tirem a vontade de continuar tentando; o que talvez falte é de fato determinar o que é realmente importante e aceitar que nem tudo sai do jeito almejado. E tudo bem!
Não incomum, as pessoas desejarem coisas estratosféricas, mirabolantes, que nem sempre fazem sentido em suas vidas e, por não alcançarem seus desejos, acabam se enrolando com seus pares, criando situações absolutamente desnecessárias.
Quando falo pares, digo: parceiros, amigos, colegas, parentes e, que seja, vizinhos, transeuntes, aqueles que direta ou indiretamente passam por nossas vidas.
Quantos indivíduos que se envolvem em baladas, sob efeito de drogas (lícitas ou ilícitas), com pessoas que jamais o fariam, em sã consciência. Estão buscando algo no externo, momentâneo e fugaz. No outro dia se sentem mais vazios que nunca. E bate aquela culpa danada, que empata sonhos e boas realizações. Mais adiante, o que fazem? Voltam à busca frenética do prazer rápido e, de novo, se veem encalacrados e infelizes, embora, muitos não admitam.
Quantos que se envolvem em brigas e discussões no trânsito, no ônibus, na rua, por coisas mundanas, além dos dissabores que atraem para si, perdem o autorrespeito e pelo próximo.
Nas relações há sempre 2 lados, seja mãe e filho, pai e filho, avós, amigos, patrão-colaborador e assim sucessivamente.
A cada ação há a correspondência de uma reação e assim, consequentemente, surge uma mão dupla, portanto, pensem bem no que vão pedir nesse ano novo. Ninguém faz mágica - 2025 pode ser um marco positivo sim, mas o que de fato quero é o que realmente preciso?
Na atualidade vemos muitas banalidades e situações supérfluas e sem profundidade ganhando a mídia, porque será? Quanto mais as redes sociais se instalam na mente do indivíduo, mais os tornam pessoas manipuladas e, portanto, reforço: pensem bem no que desejam para o ano novo!
Não adianta “pular 7 ondas”, se não mudarmos nossas atitudes perante a vida e ao mundo. Não resolve ”comer lentilhas”, se continuo agindo de forma equivocada e egocêntrica. Onde está o verdadeiro olhar, para si mesmo? Aquele que verdadeiramente busca acertar mais e errar menos? É preciso ter consciência que a vida nem sempre será bela e feliz. Já estamos suficientemente crescidos, para acreditar em conto de fadas. Eles são importantes, mas só até uma certa fase. Amadurecer é preciso!
E, de repente, estamos sim, atolados de coisas e coisas, afazeres e afazeres, sem nos dar conta que deixamos passar as relevâncias da vida, aquilo que de fato mostra o que é essencial.
Saint Exupéry em sua obra “O Pequeno Príncipe” deixa uma mensagem que é vista e revista há anos – “O essencial é invisível para os olhos, só se vêm bem ao coração”. E esse coração, essa alma, como é refletida? Hoje ouvi uma fala, que me tocou: “Quando tudo dói é porque a dor não é física” – Dra. Roberta França (Psiquiatra). Ela alega que esse sentimento vem de outra dimensão, que abarca o emocional e espiritual. Por isso que só tomar remédios não é tudo num tratamento. Tem que ter coesão com o que sente, o que busca, senão viraremos eternos hipocondríacos, sem grandes resultados. O medicamento pode encobrir alguns sintomas que, se não forem liberados, se transformarão em outras doenças psicossomáticas. Lógico que a Medicina é essencial, mas tem que ser integrativa.
Podemos chegar a conclusão de que atraímos as dores, como uma fuga para de fato sermos mais equilibrados. É uma forma de chamar a atenção para nós próprios de maneira distorcida. Nessa vertente, o processo psicoterápico pode ajudar a restaurar a força perdida e o indivíduo cresce mentalmente e somatiza menos. Mas enquanto estivermos paralisados, não adiantará muito pedir mudanças, elas só acontecerão se assim o desejarmos, não só no papel, mas acionando mecanismos na mente.
Quantas desilusões mais teremos que enfrentar? Esperar muito do outro, é quase um suicídio. Não adianta, o outro é o que é! Se as suas relações estão tóxicas, está na hora de despertar para a realidade de que o “príncipe encantado”, de fato está mais para um sapo bonitinho e a “princesinha encantada”, nem sempre é esse docinho; até porque somos humanos e imperfeitos.
E o trabalho? O que estamos fazendo para que ele seja produtivo? O quanto nos doamos e realmente gostamos dos nossos feitos? De um lado a necessidade financeira, tão essencial para a sobrevida, do outro a realização com prazer e não somente por dever. Nada fácil! Mas possível sim... E se, de fato for insuportável, tem que correr atrás de outras oportunidades, a vida voa... Aqui há a necessidade de se reinventar com cursos, boas leituras, tudo que possa agregar ao conhecimento técnico e teórico. Para se sentir que vale a pena, é necessário se superar, com equilíbrio sempre. Os resultados serão com certeza melhores.
Ainda haverá outras vertentes: social, espiritual , física, o uso adequado do dinheiro e ainda, e muito relevante, o mental. Todas interligadas ao afetivo-amoroso e profissional de maneira satisfatória, poderão transformar essas datas de final de ano, mais promissoras e profícuas.
E assim, lançado esse desafio, vamos refletir sobre isso e entrar em 2025 com força, amor e coragem.
Essa determinação é o que a Conquistah deseja a todos!
Pense nisso...
A decisão é nossa, só nossa!
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