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Gabriella Sperati

Natal – Momento de Reflexão e Autotransformação

Por Maria do Carmo B. A. Tirado

CRP/SP 42494

Parceira ConQuistaH Consultoria Psicológica


Como resgatar a alegria nessa fase natalina? Eis uma pergunta que muitos se fazem. Apesar do mundo estar passando por muitas transformações, calamidades, guerras, intransigências, falta de ética etc., somos fadados a nos perguntar como podemos transmutar muitas dessas energias densas e torná-las mais amenas?


Primeiro observe o que você prioriza na sua vida, o que assiste, como se olha ao se ver no espelho, quais são as suas amizades, como lida com seus parentes mais próximos, como encara as relações amorosas, de trabalho e outras. Essas respostas vão mexer de forma profunda com seu ser.


Mas não fuja, essa(e) é você! Jung, sabiamente, nos dizia: “O mais importante é como o dia amanheceu do lado de dentro”. E é do lado de dentro que realmente esboçamos a nossa própria realidade. Mesmo que às vezes teimemos em não vê-la, pois é mais fácil ver o externo e culpar as atrocidades do mundo como responsáveis pelos nossos próprios atos.


Entendam, não é o político, não é o vizinho, o chefe e outros nossos algozes que nos desestabilizam, somos nós que permitimos isso. Não é a sogra(o), os pais, irmãos, é como os encaramos. Mesmo o pior criminoso tem no seu âmago algo bom; imagine os mais chegados... Sem contar que no fundo, no fundo, não somos perfeitos e ainda estamos muito longe disso.


O Natal é uma das épocas mais lindas e também mais reflexivas do ano, alguns em perfeita alegria e harmonia e outros (infelizmente) se questionando, se sentindo isolados, mesmo em meio à muitas pessoas. Alguns preocupados absolutamente com coisas fugazes e materiais. Lógico que há aqueles que se voltam ao que realmente importa, que é o bem maior, voltado ao próximo e a nós mesmos, genuinamente e sem medo. Há toda uma beleza: com certeza nos sintonizarmos com os bens maiores, que vem do Alto! Sentirmo-nos como Jesus sentiria, com o verdadeiro amor universal, deixando nossas pequenas mazelas de lado.


É um processo e tanto! O certo seria fazê-lo o ano todo e avaliarmos como nos saímos nesse período, mas nem sempre é assim. A maior parte procrastina e deixa passar, só que isso tem um preço, que às vezes é impagável. E nesse instante, a mente cobra; quando não, o corpo se manifesta, ora por uma doença, ora por um desequilíbrio mental. Nada fica em vão.


Talvez o melhor presente dessas datas seria a introspecção em nos espelharmos no que Jesus quis passar a nós. E aqui não estou falando de dogmas e de religiões, estou falando de mensagem. Segundo alguns dicionários mais conceituados, mensagem quer dizer: Comunicação; suporte que contém uma sequência de signos que, dispostos em código, são transmitidos de um emissor para um receptor. Desse modo, podemos interpretar que mensagens são passadas com o intuito de nos melhorarmos.


Mas o que fazemos com elas? Deletamos de nossas mentes, ou de fato ouvimos a voz do coração? Todos temos como se fosse uma antena parabólica que pode captar coisas boas (ou não). Depende da nossa sintonia.


E qual é a sintonia que você deseja festejar nas festas natalinas? Apenas e simplesmente deglutir alimentos diversos e variados, trocar presentes e presentes, que às vezes causam dívidas e dívidas, ou com algo que pudesse ir além?


Se o propósito maior é saudar a chegada do Menino Jesus ao mundo há mais de 2 mil anos, o que ele teria a nos deixar? Qual é o seu legado?


Se nasceu numa simples manjedoura, por aí vem uma mensagem de humildade. Viveu uma vida curta a nossos olhos, mas deixou inúmeros ensinamentos por parábolas, forma simbólica para ser melhor entendida naquela época. O delicado é perceber que, até hoje, não entendemos direito seus pressupostos. Se não, estaríamos com menos violência, atrocidades, guerras etc. Mas é o nosso estágio evolutivo...


Mas como galgar degraus nessa caminhada? Não adianta, tem que começar do começo. Primeiro identificar o quê incomoda e tentar entender os porquês. Aos poucos, nessa tentativa, transformar defeitos e vícios em qualidades e talentos. E assim, sucessivamente, a autotransformação vai acontecendo e à medida que se progride, não há retrocesso e sim caminhadas a cada degrau...


Homeopaticamente, vamos percebendo que a escalada é delicada, difícil e, até certo ponto, sofrida, mas se tivermos foco, não há o que temer. Muitas vitórias a serem conquistadas e, uma a uma, passo a passo, o ânimo melhora, a boa vontade emerge, a procrastinação deixa de existir.


Nesse momento teremos outro olhar aos problemas. Eles existirão - e como existirão! Mas, olhando para frente, entendendo que somos, de fato, responsáveis pelas nossas vidas, os nós começam a se desatarem e, aquilo que tanto nos corroía, toma outro vulto.


Mas voltando ao Natal, essa data nem sempre é vista com bom grado para muitos. Aqueles que se encontram sós, desesperados, deprimidos, ansiosos e tantos outros, podem se sentir isolados e muito tristes.


Quantos suicídios emergem nessas datas? Muitos olham com desesperança para o externo, focam só no material e, querendo combater o sofrimento, dão cabo do bem maior que lhe foi concedido: a vida.


Se tivessem tempo para refletir sobre sua situação, perceber que existem saídas, mesmo que em meio ao caos, talvez conseguissem captar o real sentido do Natal, como um caminho a ser seguido.


Nessas horas, a solidariedade ao próximo é de fundamental importância, olhar o outro sem discriminação; tentar entender a linguagem (verbal ou não); estar junto, mesmo que não se fale nada; não pensar só na sua ceia; e tantas outras formas de contato que podem salvar vidas.


Conheci pessoas que, nessas épocas, se dispõe a fazer trabalho voluntário, semelhante ao CVV (Centro de Valorização da Vida), justamente para ajudar quem está em profundo sofrimento e pensando em suicidar-se. É um ato de amor fraterno, muito necessário para os tempos atuais.


Nessas horas, lembrar e perceber a presença do Mestre Jesus, pode ser um grande lenitivo. Porém nem todos conseguem alcançar essa sintonia de iluminação e ternura. Façamos um trabalho interior nesse intento e quem sabe assim, não só para nós, como também olhando ao redor, possamos nos tornar seres melhores e mais iluminados.


Aquilo que vem de dentro para fora, com certeza se apresenta com uma força motriz, forte, constante e poderosa, que atrairá benefícios a nossa alma e à alma daqueles que estão por perto. Talvez seja isso que o Natal realmente represente.


Cada um, ao ler esse texto, trará sua própria interpretação. Cada vivência poderá (ou não) culminar em mudanças para melhor. Mas com certeza, o intento aqui, é de tocar os corações e impulsionar as mentes, ao autodescobrimento.


Nós da Conquistah desejamos um Natal diferenciado em amor, aceitação e muitas e muitas transformações benéficas. Não só por nós, mas pelo mundo.


Pense nisso...


A decisão é nossa, só nossa!

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